A marca de lingerie
Aerie lançou uma campanha estrelada por mulheres normais para promover a linha
de primaveira-verão. A campanha chamou a atenção da mída por não contratar
modelos profissionais e nem utilizar recursos de photoshop nas imagens. Foi,
sem dúvida, uma boa resposta ao uso excessivo de photoshop cada vez mais comuns
em revistas e campanhas publicitárias. As “mulheres de verdade” da campanha da
Aerie são lindas e nem ligaram para a exibição de suas estrias e barriguinhas
salientes. A sensação é de que estavam bem a vontade no papel “lindas, leves e
soltas”.
A estratégia vai na
contramão de concorrentes de peso como a Victoria’s Secrets, conhecida por seus
desfiles apoteóticos e top models milionárias. A proposta da Aerie mostra que é
possível retratar a beleza sem retoques e conseguir um resultado final
satisfatório. A Dove também deve ter curtido essa campanha já que ela já fez
algo semelhante no passado com o tema Campanha pela Real Beleza, resultando em
videos virais como DOVE EVOLUTION e RETRATOS DA REAL BELEZA. Aliás, as duas
marcas estão levantado a bandeira da diversidade – loiras e morenas aparecem
juntas mostrando o que têm de melhor.
Eu, um conhecido
entusiasta da diversidade da beleza, concordo plenamente com essas campanhas,
mas percebo um certo exagero na demonização do photoshop. Afinal, não vejo nada
demais quando o programa é utilizado como ferramenta de tratamento de imagem –
correção de iluminação e tonalidades de cores, entenda-se. Devemos protestar,
sim, quando o mesmo é usado para fazer mudanças drásticas na fisionomia (ou
silhueta) da modelo ou distorção da realidade. A beleza deve ser exaltada e não
retocada.
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