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Ricardo Allexxandhry | estudante de publicidade e expert em padrões de beleza e comportamento | contato: ricardoallexxandhry@ig.com.br

O EFEITO KARDASHIAN

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Eu resolvi falar de novo da Kim Kardashian. Sim, porque fiquei indignado com a enxurrada de críticas à nudez dela. Então criaram uma norma que diz que uma socialite não pode mostrar o bumbum, é isso? Ou pior: mulher que tem bumbum grande não deve mostrá-lo? Eu sei que muita gente (especialmente puritanos e feministas ferozes) trata a nudez como se fosse algo inadmissível, ultrajante e até mesmo obsceno.

A nudez não é uma coisa obscena, e sim a vulgaridade.

As pessoas precisam parar de confundir as coisas. Não há uma centelha de vulgaridade na imagem de nu dela. O que vi, isso sim, foi uma mulher bonita mostrando o seu derrière avantajado. Se fosse o contrário, uma angel da Victoria’s Secret posando nua para uma campanha, todos aprovariam o “corpo perfeito” dela. O bumbum mínimo da angel seria idolatrado.

Mas Kim é rotulada de fútil, de celebridade vazia, ou até mesmo, um guilty pleasure. Pra quem não sabe, guilty pleasure é tudo aquilo de que temos vergonha de admitir que gostamos – um prazer inconfessável. A lista de prazeres proibidos é composta de certos filmes, programas, músicas e produtos. O bumbum grande deve fazer parte dessa lista.

Esse termo existe, mas eu não concordo com ele. E daí se eu gosto da Kim Kardashian? Acho que as pessoas são livres pra gostar do que bem entenderem. Chega de inventar culpa ou vergonha pra tudo!

Outra coisa importantíssima que foi deixado de lado pelas pessoas, é a mensagem política que um corpo nu carrega. As iranianas já ficaram nuas em prol de uma causa, as feministas do Femen, artistas, celebridades... o corpo é um campo de batalha.

 E aí, muita gente deve tá se perguntando: qual a mensagem do corpo nu de uma socialite “fútil”? Se os haters pensassem de maneira mais racional, iam entender, sobretudo, que o bumbum grande é um dos símbolos máximos da diversidade da beleza. Kim é uma peça importante desse movimento porque tem um inegável poder de influência.

Possivelmente, o que é de se espantar, pessoas ligadas ao movimento plus size também devem ter criticado a “pouca vergonha” do bumbum de fora dela. Alô, gordinha! Você também é rotulada de guilty pleasure. Menos culpa, por favor! 

A DÉCADA DO BUMBUM

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Kim kardashian voltou a causar frisson na web. Dessa vez, ela mostrou todo o potencial de seu incrível derrière na capa da revista Paper. O mundo mal se recuperou da bombástica imagem do bumbum da Nicki Minaj transformado em meme instantâneo, e já temos outro meme em cena. Com o bumbum da Kim exposto na capa, a revista prometia “quebrar” a internet.

Pelo jeito, o resultado foi satisfatório: muitos comentaram sobre o bumbum dela, e, claro, aproveitaram para analisar o atual fenômeno das bootylicious na cultura pop. Os analistas culturais americanos já falam da década do bumbum. Concordo plenamente – só queria que fosse todo um milênio!

Não há como duvidar disso diante da profusão de celebridades com bumbum avantajado, videoclipes celebrando o twerking e selfies/belfies exaltando a parte traseira do corpo feminino. Acho que o marco inicial foi a publicação do livro THE BIG BUTT BOOK, da jornalista Dian Hanson. A Mulher Melancia foi destaque no livro como “o maior ícone do bumbum do Brasil”. O livro foi publicado em 2010. De lá pra cá, o mundo foi percebendo o capital midiático do bumbum. A enxurrada de imagens do bumbum nos tumblrs é de deixar qualquer bundólatra sem fôlego.

Eu tô sem fôlego desde que vi o primeiro tumblr sobre o assunto!

Mas uma coisa me incomoda na imagem da Kim: o bumbum dela tá photoshopado demais. Provavelmente, o bumbum foi aumentado e modelado por especialistas do photoshop. Eu sei que o bumbum dela é atraente, mas na imagem em questão, parece o bumbum de uma mulata show. Uma Kim brasileiríssima.

Eu não prego o discurso odioso ao photoshop como alguns radicais fazem por aí. A minha defesa consiste no uso moderado e adequado da ferramenta, como, por exemplo, tratamento de imagem e correção de cores. Portanto, sem chances quando o mesmo é usado pra fazer mudanças drásticas na silhueta da modelo.

Polêmicas à parte, tenho orgulho de ver a minha socialite preferida tornando-se a principal propagadora do culto ao bumbum grande. Ela é a apoteose máxima dessa era marcada por curvas e exuberância. Finalmente o bumbum não é só uma preferência nacional, agora é paixão mundial. Vou ali abrir um espumante pra festejar!