Tempo de Maxibeleza

Ricardo Allexxandhry | estudante de publicidade e expert em padrões de beleza e comportamento | contato: ricardoallexxandhry@ig.com.br

A CELEBRAÇÃO DA DIVERSIDADE

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Victoria Janashvili é uma das fotógrafas mais admiradas do movimento plus size. Ela divulgou mais um ensaio incrível que celebra a diversidade do corpo feminino. Na verdade, as fotos fazem parte de um livro de fotografia que ela pretende lançar através dos recursos arrecadados pelo site Kickstarter. Só espero que ela consiga concretizar esse projeto porque as imagens estão deslumbrantes – imagine o livro todo!

A russa Marina Bulatkina e a (lindíssima!) americana Denise Bidot protagonizam o ensaio divulgado na web. Elas aparecem parcial ou totalmente despidas nas fotos. A pintura corporal enfatizada no ensaio, dá um tom sóbrio e bastante significativo ao ensaio. A visão feminina da fotógrafa prioriza mais a beleza do corpo do que qualquer sensualidade simplória.

Ela se mostrou apaixonada pelo o que faz: “apesar do tamanho da americana comum ser 42, nossa sociedade continua a estabelecer estereótipos como padrões quando se trata da imagem real do corpo feminino. Esse é o motivo pelo qual eu passei anos da minha vida fazendo fotos de diferentes tipos de modelos e tomando parte de numerosas campanhas de ‘consciência da imagem corporal’ que se tornaram virais e suscitaram muitos debates. Através do meu livro, eu gostaria de continuar a espalhar essa missão e quebrar os estereótipos sociais, para que possamos ajudar as mulheres a se sentirem mais confiantes na própria pele”.

O mundo precisa de mais mulheres assim!

Quem ainda não conhece o trabalho dela, é só jogar no Google o nome dela e ver as imagens. Não à toa, muitas imagens já nasceram icônicas, o que comprova, assim, o talento irrefutável da fotógrafa. Abaixo, o link da campanha do livro dela. Vale a pena conferir as imagens e dá play no video que mostra os bastidores do ensaio.

Link do projeto: http://tinyurl.com/od6kaaj

O SEXO É O NOVO ROMANCE

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Achei legal um artigo publicado no portal FFW falando sobre a onda da sensualização a que passamos atualmente. O autor ficou com a impressão que o amor romântico, idealizado, impossível tá meio over, o negócio agora é sensualizar de vez. Ser (ou parecer) sexy é a nova atitude para chamar a atenção do outro. O arquétipo da Cinderela parece que não desperta mais fascínio; elas querem mesmo bancar a femme fatale.

A sensualidade já domina a moda, arte, livros e entretenimento. O sucesso de romances apimentados como CINQUENTA TONS DE CINZA e JULIETTE SOCIETY confirma essa tendência. O príncipe encantado agora curte fetichismo e explora novos prazeres com a sua companheira.

O mundo despertou de vez para o fetiche.

O artigo lembrou que os tops curtos eram encarados como vulgares, mas hoje domina o cenário urbano. A peça se tornou basicamente um novo clássico. O mesmo fenômeno ocorreu com o lifestyle pregado pelas academias: leggings e recortes ousados ganharam as ruas e todas agora querem posar de fit girl.

Claro que o corpo ocupa uma posição fundamental nessa nova abordagem. O tipo mulherão, com bumbum grande e curvas acentuadas, é o novo must have da mulherada. Só assim para explicar a profusão de selfies mostrando corpos em forma no Instagram. Sem falar da belfie (a foto do bumbum) que já domina o perfil de muitas usuárias.

O corpão virou extensão do look.

A própria Vogue decretou: “we’re officially in the era of the big booty”. Vivemos a década do bumbum grande e nada melhor do que fazer twerking para celebrar essa tendência. Nesse novo cenário, todos querem ser sexy e desejados o tempo todo – ainda que seja só por uma foto mais sensual postada no Instagram. O sexo é o novo romance.

O EFEITO KARDASHIAN

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Eu resolvi falar de novo da Kim Kardashian. Sim, porque fiquei indignado com a enxurrada de críticas à nudez dela. Então criaram uma norma que diz que uma socialite não pode mostrar o bumbum, é isso? Ou pior: mulher que tem bumbum grande não deve mostrá-lo? Eu sei que muita gente (especialmente puritanos e feministas ferozes) trata a nudez como se fosse algo inadmissível, ultrajante e até mesmo obsceno.

A nudez não é uma coisa obscena, e sim a vulgaridade.

As pessoas precisam parar de confundir as coisas. Não há uma centelha de vulgaridade na imagem de nu dela. O que vi, isso sim, foi uma mulher bonita mostrando o seu derrière avantajado. Se fosse o contrário, uma angel da Victoria’s Secret posando nua para uma campanha, todos aprovariam o “corpo perfeito” dela. O bumbum mínimo da angel seria idolatrado.

Mas Kim é rotulada de fútil, de celebridade vazia, ou até mesmo, um guilty pleasure. Pra quem não sabe, guilty pleasure é tudo aquilo de que temos vergonha de admitir que gostamos – um prazer inconfessável. A lista de prazeres proibidos é composta de certos filmes, programas, músicas e produtos. O bumbum grande deve fazer parte dessa lista.

Esse termo existe, mas eu não concordo com ele. E daí se eu gosto da Kim Kardashian? Acho que as pessoas são livres pra gostar do que bem entenderem. Chega de inventar culpa ou vergonha pra tudo!

Outra coisa importantíssima que foi deixado de lado pelas pessoas, é a mensagem política que um corpo nu carrega. As iranianas já ficaram nuas em prol de uma causa, as feministas do Femen, artistas, celebridades... o corpo é um campo de batalha.

 E aí, muita gente deve tá se perguntando: qual a mensagem do corpo nu de uma socialite “fútil”? Se os haters pensassem de maneira mais racional, iam entender, sobretudo, que o bumbum grande é um dos símbolos máximos da diversidade da beleza. Kim é uma peça importante desse movimento porque tem um inegável poder de influência.

Possivelmente, o que é de se espantar, pessoas ligadas ao movimento plus size também devem ter criticado a “pouca vergonha” do bumbum de fora dela. Alô, gordinha! Você também é rotulada de guilty pleasure. Menos culpa, por favor! 

A DÉCADA DO BUMBUM

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Kim kardashian voltou a causar frisson na web. Dessa vez, ela mostrou todo o potencial de seu incrível derrière na capa da revista Paper. O mundo mal se recuperou da bombástica imagem do bumbum da Nicki Minaj transformado em meme instantâneo, e já temos outro meme em cena. Com o bumbum da Kim exposto na capa, a revista prometia “quebrar” a internet.

Pelo jeito, o resultado foi satisfatório: muitos comentaram sobre o bumbum dela, e, claro, aproveitaram para analisar o atual fenômeno das bootylicious na cultura pop. Os analistas culturais americanos já falam da década do bumbum. Concordo plenamente – só queria que fosse todo um milênio!

Não há como duvidar disso diante da profusão de celebridades com bumbum avantajado, videoclipes celebrando o twerking e selfies/belfies exaltando a parte traseira do corpo feminino. Acho que o marco inicial foi a publicação do livro THE BIG BUTT BOOK, da jornalista Dian Hanson. A Mulher Melancia foi destaque no livro como “o maior ícone do bumbum do Brasil”. O livro foi publicado em 2010. De lá pra cá, o mundo foi percebendo o capital midiático do bumbum. A enxurrada de imagens do bumbum nos tumblrs é de deixar qualquer bundólatra sem fôlego.

Eu tô sem fôlego desde que vi o primeiro tumblr sobre o assunto!

Mas uma coisa me incomoda na imagem da Kim: o bumbum dela tá photoshopado demais. Provavelmente, o bumbum foi aumentado e modelado por especialistas do photoshop. Eu sei que o bumbum dela é atraente, mas na imagem em questão, parece o bumbum de uma mulata show. Uma Kim brasileiríssima.

Eu não prego o discurso odioso ao photoshop como alguns radicais fazem por aí. A minha defesa consiste no uso moderado e adequado da ferramenta, como, por exemplo, tratamento de imagem e correção de cores. Portanto, sem chances quando o mesmo é usado pra fazer mudanças drásticas na silhueta da modelo.

Polêmicas à parte, tenho orgulho de ver a minha socialite preferida tornando-se a principal propagadora do culto ao bumbum grande. Ela é a apoteose máxima dessa era marcada por curvas e exuberância. Finalmente o bumbum não é só uma preferência nacional, agora é paixão mundial. Vou ali abrir um espumante pra festejar!

BEIJINHO NO QUADRIL

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Eu sou fascinado por gordinhas, e não escondo isso de ninguém. Mas mais precisamente pelas gordinhas do tipo pera. Elas são demais. Eu me lembro perfeitamente do impacto que tive quando vi pela primeira vez a Renata Celidonio na TV. Lembram-se dela né? Renata fez a Marieta na novela AQUELE BEIJO. Eu já escrevi sobre ela no blog.

Os quadris enormes dela me encantaram. Claro que eu já gostava daquele biotipo antes, mas ainda não tinha visto uma daquela no horário nobre da TV brasileira. Foi quase surreal. Não há dúvidas de que aquela silhueta é do tipo ame-ou-odeie. Eu amei muito!

Depois da novela, o encanto acabou: ela fez cirurgia, perdeu (muuuito!) peso e se dedicou ao teatro. A atual silhueta dela, porém, não desperta mais fascínio. O mundo perdeu aquela que um dia chamei de “a Vênus de 150 cm de quadris”.

Mas logo depois, surgiu outro exemplo icônico do tipo pera: Cleide Cavalcante. Cleide desfilou seus quadris exuberantes no FWPS, de 2013, e inevitavelmente foi destaque internacional. Ela ficou conhecida até nos sites e tumblrs fetichistas mundo afora. Sim, existe muita gente fazendo discurso odioso contra esse biotipo, mas muitos defendendo também.

Eu apoio a beleza exuberante de tipos como a Cleide.

Em suma, quadris largos é sinônimo de feminilidade extrema, daí a razão de tanto fascínio. Outro episódio que me deixou profundamente impactado foi o video que Mariesther Venegas fez para a marca Navabi. No video, ela caminha seminua pelas ruas de Berlim em plena temporada de fashion week. Quando eu vi a cena, logo decretei: o video mais impactante do movimento plus size até então. Nada mais eficiente como um tipo pera para derrubar as convenções de beleza. Aindão não viu? Vá depressa para o YouTube.

Agora olhe para a foto da modelo anônima acima. Existe alguma coisa de errado com o corpo dela? Não. Errado, portanto, é não amar tudo isso! Por favor, alguém passe o meu número pra ela. 

MUSAS CURVILÍNEAS

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Na minha humilde opinião, o bumbum mais impactante do mainstream é o da Kim Kardashian. OK, pode não ser o maior (ou o mais bem esculpido), mas é o que tem mais capital midiático. A musa curvilínea é invencível. Kim é o exemplo máximo da celebridade com curvas, com exuberância. Melhor ainda: ela é bem resolvida com o seu bumbum avantajado – por isso, vez ou outra, tá tirando fotos dele.

Já tô na expectativa pelo livro de selfies que ela vai lançar!

Mas Nicki Minaj não fica tão longe assim dessa categoria. Recentemente se tornou meme em razão da capa de seu single em que aparece apenas de fio dental. A imagem provocativa já virou um ícone instantâneo. Se a capa do single é assim, o que dizer então do clipe da música? O clipe de Anaconda é uma explosão de sensualidade e muito ass worship. A imagem acima é um frame do clipe.

Nicki é lindíssima, é sensual – é hot!

Aproveitando a vibe das bootylicious, chegou a vez de Jennifer Lopez e Iggy Azalea mostrarem que também têm muita exuberância pra mostrar. O resultado? Mais uma capa de single do tipo “quero ter esse corpão pra ontem!”; ou, no caso dos homens – “ô, lá em casa!”

Se jennifer Lopez já é demais, imagine então dividindo a cena com a ultrassexy Iggy Azalea! O corpão da Iggy é tão atraente que fica difícil descrevê-lo inteiramente. Por isso, vou apelar para a retórica: desculpe-me as feias, mas Iggy é fundamental. Abaixo, o link da imagem das musas curvilíneas na capa do single. Ah, o nome da música chama-se booty. Preciso dizer mais alguma coisa?

O fato é que o bumbum grande tá em alta nos EUA – e ainda dizem que o Brasil é o país do bundalelê. Pode até ser, mas precisa dividir o reinado com o norte. A mensagem que essas celebridades estão dando é bem clara: bumbum grande não é sinal de gordice, mas de gostosura. É certo que elas não se encaixam no padrão de beleza vigente, mas não vão deixar de ser felizes e bem resolvidas com a autoimagem. Elas não sambam, mas fazem twerking na cara da sociedade.

Link da imagem: http://tinyurl.com/mxnnlyg

ESTRIAS TIPO OSTENTAÇÃO

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Finalmente duas mães americanas resolveram criar no Instagram o perfil @loveyourlines. Um espaço para mostrar (e compartilhar) fotos de mulheres com estrias. Sim, ESTRIAS. O perfil recebeu mais de 70 imagens e depoimentos de mulheres que eviaram suas fotos. Na contramão das mulheres que simplesmente abominam essas marcas do corpo, o @loveyourlines busca promover a aceitação do próprio corpo.

Afinal, as mulheres reais têm estrias, celulite e flacidez, diferente, portanto, das imagens retocadas digitalmente de modelos e atrizes. O Instagram das estrias apresenta a realidade do dia a dia.

Eu até acho algumas estrias sexy – tô falando sério! O problema, claro, é quando levantam a bandeira do excesso, aí a coisa já não é mais sexy. O fato é que esse perfil é fundamental na busca pelo próprio espaço e autoestima das mulheres que não se encaixam no padrão de beleza vigente.

Esse perfil segue a mesma linha do Tumblr da barriga positiva – ambos mostram alguma parte do corpo que até então era duramente monosprezada. O Tumblr das barrigas salientes surgiu como uma antítese à ostentação da barriga negativa iniciada pela top Candice Swanepoel. Infelizmente o Tumblr durou apenas três meses (!!), mas foi importante para provar que existe beleza além das magérrimas modelos da Victoria’s Secret.

Recentemente, uma canadense, mãe de cinco filhos, foi hostilizado na praia por um grupo de jovens preconceituosos. Ela se sentiu tão mal com o episódio que decidiu desabafar através do seu perfil no Facebook. A postagem dela foi um sucesso de compartilhamento. Como podemos notar, o perfil @loveyourlines veio na hora certa.

Além disso, esse perfil me deu uma outra ideia: por que não criar um só para os bumbuns grandes? Sim, o bumbum grande também é bastante hostilizado assim como as estrias. Até porque, no Brasil, esse perfil seria mais do que conveniente. O momento é de muita ostentação.

Link do Instagram: http://instagram.com/loveyourlines

ENTREVISTANDO VERA SIDIKA

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Pois é, a primeira entrevista no meu blog é logo com uma atração internacional. Yeah! Tô falando da socialite Vera Sidika. Ela é mais conhecida como a “Kim Kardashian do Quênia.” Ela rejeita o rótulo, mas não vejo problema nisso: as duas são lindas, atraentes e bem resolvidas com suas curvas. E que curvas! Confira abaixo a entrevista que ela deu por e-mail.

Nasceu em qual cidade do Quênia?
Eu nasci em Mombasa.
Quando você se tornou famosa no Quênia?
Fiquei famosa em 2012, depois de ter aparecido em um videoclipe controverso.
Quais as suas grifes favoritas?
Eu adoro os vestidos justíssimos da Herve Leger e os sapotos Louboutin.
Como é o seu lifestyle?
Eu gosto de baladas, pinturas (eu sou uma artista!), assistir filmes...
Quais os seus planos para o fututo?
Eu quero construir um império no segmento de arte e design. Uma galeria de arte para os apreciadores de pintura.
Qual o tamanho do seu bumbum?
Meu bumbum é bem GRANDE. rsrs
O bumbum grande é cultuado no Quênia?
Muitos gostam. As mulheres africanas são sexy e curvilíneas.
Você inspira outras mulheres com bumbum avantajado?
Sim, porque eu faço elas se sentirem bem com seus corpos e se vestirem pra ficar sexy, com curvas.
As quenianas gostam de praia? Elas usam biquínis?
Elas adoram biquínis sexy. Principalmente em Mombasa, onde eu cresci.
Qual é o ideal de beleza no Quênia?
As quenianas adoram se sentir bonitas em qualquer momento. Não há regras. As quenianas são as mais bonitas da África.
Já fez alguma mudança no corpo?
Eu fiz clareamento de pele e aumentei os seios.
O que os seus seguidores do Instagram gostam de ver?
Muita diversão, meus trabalhos de pintura e minhas danças. Eu gosto de dançar.
Planeja visitar o Brasil?
Eu adoraria visitar o Brasil um dia.
Deixe uma mensagem para as brasileiras.
As brasileiras são muito, muuuuito sexy, curvilíneas e lindas. Mal consigo descrever em palavras o quão são atraentes. Seria legal conhecê-las um dia.

Visite o Instagram dela: http://instagram.com/vee_beiby

A INSUPERÁVEL LEVEZA DA FEMINILIDADE

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Já escrevi um texto em que abordava a crise das curvas. Mas, pensando bem, não é exatamente o declínio das curvas que ando percebendo. A questão é mais profunda. Dia desses, bateu de novo a nostalgia pelos anos 90, então, fui ver (pela enésima vez) os videos no YouTube do grupo musical Banana Split. A formação que me marcou foi a de 1996, com a sensualíssima Liz Vargas. Alguém aí lembra-se dela? Ela era linda, sexy e tinha um corpão incrível. Depois de observar bem o corpo da Liz Vargas, cheguei a uma conclusão: as mulheres de hoje estão deixando de lado a LEVEZA típica do corpo feminino.

Eu explico melhor: o corpo da Liz Vargas era suave, discreto, privilegiado pela sua própria genética. Mas hoje, tudo mudou – infelizmente. O corpo das panicats e congêneres, são explicitamente modelados por exercícios pesados em academias. A barriga negativa (ou musculosa) tá em alta e ninguém quer parecer mais uma “mulherzinha” da década de 90. Então quando comparamos a Liz Vargas a uma panicat, fica claro que a leveza típica do corpo da mulher é coisa do passado.

Recentemente fiquei horrorizado com as novas candidatas do concurso Miss Bumbum. O concurso é pura e simplesmente um miss fitness pra aficionados por academia ver. Esse concurso está disvirtuando a gostosura do bumbum da mulher brasileira. Eles estão difundindo uma versão “agressiva” e anabolizada do bumbum. Pra mim, um atentado contra o bom senso. Eu prefiro o tipo “mulherzinha” de uma Liz Vargas às saradíssimas que se orgulham empurrando pneu de trator. Mas nem tudo está perdido: a diversidade tá aí pra resgatar tipos como a Liz Vargas. Menos suco verde, mais banana split. 

CORPO EM EVIDÊNCIA

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O ENGAJAMENTO das blogueiras fitness é surpreendente: livros lançados, dietas específicas e exibição constante do corpo no Instagram. Essa última parte é o exemplo máximo de que elas não brincam com os seus ideais. Mas infelizmente o movimento plus size está longe de alcançar esse pragmatismo. Enquanto o padrão fitness mostra as ostentações relacionadas ao corpo de suas seguidoras; o universo plus size, por sua vez, tem um discurso fraco, apoiado no idealismo e numa linguagem distante do corpo real. Vale lembrar que não estou generalizando.

Nesse cenário de contrastes, nota-se uma disputa sem fim entre fisicalidade e idealismo. As saradíssimas se utilizam da FISICALIDADE para exprimir os seus valores que são traduzidos em corpos atléticos, treinos pesados e exibição constante do seu lifestyle. Uma verdadeira lição de engajamento naquelas que acreditam que beleza é apenas um estado de espírito. Não é. Essa confusão de termos só faz perder espaço para as fit girls que não perdem a chance de ostentar o CORPO nas redes sociais. Não estou querendo dizer que se deve seguir o perfil anabolizado das academias – isso jamais! Mas, sim, aprender as táticas de engajamento delas. O corpo como valor tangível.

O mais irônico, portanto, é que o movimento plus size ganhou notoriedade com a pregação da diversidade, mas agora tá vendo as saradas roubarem a cena. Não podemos deixar assim. É preciso difundir a ideia de que o excesso de gostosura é o máximo. Precisamos mostrar mais a maxibeleza nas redes sociais, no Instagram e em qualquer lugar. Temos que mostrar o verdadeiro valor das curvas, da exuberância. A atitude de uma gordinha (ou mulherão) que tira uma foto do corpo porque se aceita assim mesmo, é sinal de que é bem resolvida e um bom exemplo para as demais. Diz-se que a beleza não se mede em números, mas, às vezes, os números são mais sinceros do que qualquer discurso surrado. Em tempo de superexposição da imagem, o corpo tem um papel fundamental na propagação de valores.

A CRISE DO MANEQUIM 44

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Muitas consumidoras que vestem o tamanho 44 estão encontrando dificuldades para encontrar essa numeração nas lojas. Nas varejistas tradicionais, o 44 é encarado como grande; nas grifes plus size, porém, é visto como pequeno demais. Ou seja: o manequim 44 encontra-se no limbo do mercado. Por isso, as mulheres que vestem 44 estão em crise de identidade e ainda sofrem preconceito por parte das gordinhas. Sim, isso existe. As gordinhas acabam reforçando velhos estereótipos de uma mulher com sobrepeso: barriga saliente, cintura indefinida, celulite e estrias demasiadas. No entanto, o que caracteriza uma gordinha no MERCADO não é a silhueta, mas o manequim que ela usa.

E como se não bastasse, as mulheres que vestem 44 ainda recebem uma saraivada de críticas relacionadas ao peso. As magras pensam que se o corpo de quem veste 44 é mediano, então basta fazer dietas e exercícios para emagrecer. Realmente o universo parece conspirar contra elas: de um lado, “magra” demais para as gordinhas; por outro, “gorda” demais para as magrinhas. Afinal, como resolver esse impasse?

Na minha opinião, é preciso estabelecer de vez no mercado o tipo MULHERÃO. O termo mulherão já é usado constantemente pela mídia e público, mas o seu posicionamento ainda é incerto. Mulherão é o meio termo – em outras palavras, é o biotipo que encontra-se entre uma magrinha e uma gordinha. Não se trata, portanto, de criar mais um rótulo no mercado como muita gente pensa. O corpo feminino divide-se em três categorias: magra, mulherão e gordinha. O que causa confusão é que o mulherão também veste “tamanho grande”(42, 44), mas não é gordinha. Ela tem curvas acentuadas, é voluptuosa, por isso é lançada no segmento plus size. Algumas gordinhas também são curvilíneas, mas têm manequins e pesos diferentes. Posso usar aqui um exemplo emblemático: Kim Kardashian. Como sabemos, ela não é magrinha e nem gordinha, ela é... mulherão. E que mulherão! Em suma, a crise do manequim 44, também é a crise do mulherão e precisamos resolver essa situação o mais rápido possível.

O IMPACTO DA NORMALIDADE

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O filme SOB A PELE é ótimo. Na trama, Scarlett Johansson vive uma alienígena disfarçada de humana que tem um propósito sinistro aqui na terra. Ela aborda vários homens nas ruas da Escócia e os leva para um local que serve de “armadilha” pra suas vítimas. Assim, ela consegue capturar inúmeros homens – afinal, é difícil mesmo resistir a uma mulher tão linda quanto ela. As cenas de morte são memoráveis e expressam uma estranha beleza. O filme tem poucos diálogos, mas podemos compreender as transformações que a personagem passa ao longo da trama.

Mas eu quero partir logo para a grande estrela do filme: o corpo da atriz. As cenas de nudez dela foram divulgadas na web causando enorme polêmica. Foi inacreditável saber que muitas detonaram o corpo comum da atriz partindo para os surrados clichês: “gorda”, “seio caído”... e outras alfinetadas sem cabimento. Na época das fotos, eu não me manifestei pois queria ver o filme pra tirar minha própria conclusão óbvia: não há nada de errado com o corpo dela, as mulheres é que se espantam com tamanha normalidade. Hoje, a normalidade se tornou estranha, exótica, incompreensível, de “outro mundo” – como, afinal, é a protagonista do filme.

Acho que as recalcadas de plantão queriam mesmo que ela tivesse o corpo do tipo bombado, saradíssimo. Algo parecido com o das aficionadas por academia ou das entusiastas pela magreza musculosa da top Izabel Goulart. Não. Scarlett (e o diretor do filme) não seguiu a cartilha do padrão fitness tão idolatrado pelas mulheres do Brasil. Pelo visto, a alienígena que escolheu o corpo da Laura/Scarlett tinha bom gosto. Ela preferiu a leveza e a suavidade característicos do corpo feminino como arma de sedução em detrimento da musculatura de levantador de peso. Escolha sensata. Fit girls, durmam com isso! 

POR UMA BELEZA MAIS REAL

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Quando o assunto é diversidade, eu já notei, especificamente dentro do movimento plus size, um vício por termos poéticos, idealistas ou qualquer coisa que passe longe do corpo real. Dá a impressão que falar do corpo é uma tarefa difícil ou até mesmo incompreensível. Dessa maneira, se instala um verdadeiro festival de equívocos: todo mundo é bonito, toda mulher é curvilínea e padrão de beleza é uma criação da mídia opressora com o propósito de destruir a sua autoestima. Sim, muitos pensam – e pregam isso por aí.

Eu já tinha comentado aqui que padrão de beleza é um fenômeno que passa por épocas e culturas diferentes. Portanto, não é invenção da mídia como muitos alarmistas acham. Não tenha dúvida que se o ideal de beleza do século XX fosse a mulher gordinha, obviamente a mídia apoiaria a causa. Agora mesmo podemos testemunhar a ascensão do padrão fitness e, naturalmente, esse assunto vai ganhar ainda mais destaque nos meios de comunicação. O que estou querendo dizer é que devemos abandonar o “basta fechar os olhos e deixar a autoestima operar milagres” para um melhor entendimento dos biotipos e o que cada um tem de melhor. Assim, a bandeira da diversidade deixa de lado o corpo idealizado e abraça o real.

Não devemos jogar o conceito de beleza no campo utópico só pra agradar aqueles que não têm. Caso contrário, a beleza vai entrar em rota de colisão com a saúde e o bom-senso. Não à toa, muitos acham que o movimento plus size não passa de apologia descarada da obesidade. Não é, mas os idealistas se mostram perdidos nesse assunto. Eu sou o primeiro a dizer que a gordinha da foto que ilustra esse texto é lindíssima, mas aponto cada centímetro de gostosura pra fundamentar a minha opinião. Pra ser mais claro: mais corpo, menos poesia. Agora, se a linguagem poética é o forte de muita gente, talvez um romance sobre o tema seja mais viável. Vai que dá um best-seller!

TAHIRY É HOT

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Tahiry Jose não é conhecida do público brasileiro. Exceto por uma bobagem envolvendo uma foto dela, seu ex e a NBA. Tahiry é mais do que boato – e corpão! – ela é uma verdadeira celebridade. Ela nasceu em Nova York, mas tem sangue latino: seus pais vieram da República Dominicana. Aliás, terra de mulheres lindíssimas! Tahiry começou a carreira como modelo e hoje é uma mulher de negócios. Ela já namorou o rapper Joe Budden, fato esse que lhe trouxe bastante publicidade. Já estrelou inúmeras capas de revistas, entre elas, Complex, XXL, SHOW. A King Magazine, que trouxe ela na capa, foi uma das edições mais rentáveis de todos os tempos. Tahiry é um must have do imaginário masculino.

Sua carreira ganhou ainda mais notoriedade quando participou do reality LOVE & HIP HOP: NEW YORK, do canal VH1. Sem falar na atuação em diversos filmes. Tahiry não é só corpão, mas conteúdo. Também é correspondente da revista XXL, o que, afinal, faz dela uma figura recorrente em tapetes vermelhos. Um momento marcante foi quando ela cobriu o BET Hip Hop Awards 2013. Investindo cada vez mais na carreira, ela pretende lançar uma linha de DVDs de fitness. What? Tahiry, não please!

Eu não podia deixar de comentar sobre o seu mais recente calendário. Intitulado Intimacy, o calendário já é sucesso de vendas, com direito a várias cópias autografadas por ela. Eu quero o meu! Só pra constar: a capa do calendário de 2011, the wet edition, conseguiu sintetizar toda a exuberância que uma latina tem. Tahiry se apronta e a maxibeleza desponta. Em seus ensaios, podemos ver, enfim, aquele que é um dos bumbuns mais incríveis do showbiz. Falando nisso, os antenados do TMZ já discutiram sobre qual seria o melhor bumbum do mainstream: Kim Kardashian ou Tahiry Jose. Questão difícil, mas eu fico com a latinidade de Tahiry. Não é exagero dizer que ela tem um dos bumbuns mais bem esculpidos que já vi. Abaixo, o link do site dela pra qualquer um constatar isso. Million Dollar ass!

Link do site: http://www.tahiryonline.com/

ESTRELAS DO CALENDÁRIO

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Duas notícias foram destaques no cenário plus size: a campanha da Duloren estrelada pela gordinha Mayara Russi e o calendário de uma marca de beachwear com várias modelos cheinhas em trajes de banho. Vou começar minha análise com a campanha da Duloren. A marca lançou uma linha de lingerie tamanho grande inspirada na seleção brasileira. Péssimo tema, mas boa oportunidade comercial. Mais uma vez a marca contratou a célebre Mayara Russi para estrelar uma campanha para o público plus size. O problema, na minha opinião, é que nada funcionou na imagem do anúncio: a posição da modelo, o cenário, o clima nada sexy e a própria Mayara.

Ela tem um rosto lindo, e só. Não tem curvas, não tem sex appeal. Enfim, não conseguiu atingir a proposta do anúncio de esbanjar ousadia e sensualidade. A marca deveria ter escolhido uma modelo plus size mais conveniente para a campanha. Ah, e antes que alguém venha me acusar de promover a “ditadura das curvas”, eu explico: MODELO precisa ter curvas, sim. Eu disse mo-de-lo. Mulher comum é outro assunto. Não concordo com o ideal utópico de beleza que muitos pregam por aí. A beleza sem critério torna-se vazia.

Já o calendário da marca de beachwear Swimsuitsforall acertou em cheio na sua reimaginação da edição de aniversário da revista Sports Illustrated. A famosa edição em que as modelos aparecem em trajes de banho. Até o tema do calendário ficou show: sexy at every curve. Ou seja, sexy em cada curva. A palavra CURVA traz mais significados positivos do que forma. Entre as quatro modelos que estrelam o calendário, está a top Robyn Lawley. Ela é aquela que não é plus size mas o mercado insiste em colocá-la na categoria “tamanho grande”. Como já falei anteriormente, o mercado precisa criar o meio termo urgente. Pra finalizar, o texto foi ilustrado apenas por uma imagem do belíssimo calendário, porém, abaixo está o link com todas as fotos. Enjoy!

Link das fotos: http://tinyurl.com/nzusxmp

ENTRE UM BELFIE E OUTRO

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Mas é claro que eu não poderia deixar de falar do fenômeno dos belfies. Belfie é a junção das palavras butt (bumbum) e selfie. Ou seja, a foto do bumbum. O belfie é a nova tendência das redes sociais e, celebridades como Kim Kardashian e Nicki Minaj, já aderiram ao movimento. Aliás, o belfie de Kim Kardashian já se tornou uma imagem icônica (foto). Na imagem, ela usou um sensualíssimo maiô branco que evidenciou ainda mais o seu incrível bumbum. Kim é um símbolo máximo do derrière avantajado que tá ganhando grande repercussão nos EUA. O bumbum dela tem um poder midiático tão forte que até o Miss Bumbum Brasil cogitou convidá-la para participar do evento. Minha torcida, claro, ia pra Kim já que a maioria das candidatas ostentam o biotipo atlético. Eu prefiro o selo Kardashian de exuberância.

Vale lembrar que os selfies já ganharam inúmeras versões: o healthie é a tão cultuada (e sem graça) foto na academia ou fazendo poses de ioga. Modalidade esta que já se tornou o lifestyle absoluto de muita gente. Mas sem dúvida, o belfie é o melhor de todos – isso quando as fit girls não roubam a cena. Digo isso porque muita gente acha que o potencial do bumbum só acontece quando ele tá “em forma” ou saradíssimo. Não mesmo.

Outra coisa chata que temos que enfrentar é o discurso moralista e intelectualóide sobre os belfies. Pra essa turma, esse fenômeno é mais um atestado da futilidade a que chegamos. Ah, sei, então os antigos gregos também eram fúteis já que adoravam as curvas de uma calipígia. Tirando os chatos de cena, o belfie deixa uma lição sobre amar o corpo e elevar a autoestima das mulheres. E, pra isso, nada melhor do que um bom belfie no Instagram. Em tempo, uma pesquisa mostrou que a preocupação com o bumbum aumentou desde o fenômeno dos belfies. Assim, muitas se inspiram nas celebridades e procuram dar um upgrade na região glútea. Eu, um bundólatra confesso, tô adorando essa superexposição do bumbum feminino. Já diz o bordão: o que é bonito é pra se mostrar.

MULATAS EXTRAORDINÁRIAS

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A mulata é de tirar o fôlego. Mulata tipo exportação. Corpo escultural. Curvas acentuadas. Morenice deslumbrante. O gringo pira. O brasileiro é só elogios. Sargentelli comanda a festa. Todos ficam sem palavras. Gingado próprio. Passista profissional. Mulata show. Tufão nos quadris. Samba no pé. Sambando até o recalque passar. Sambando no sambódromo. Não deixe o samba morrer. Ziriguidum essencial. Rebolado de matar. Requebrando sem parar. Morena notável. Negra lindíssima. Cheia de brasilidade. Terra brasilis. Povo carnavalesco. Mulata padrão Fifa. Mulata ostentação.

Preferência nacional. Bumbum grande. Gluteus maximus. Bundalelê. Bombonière. O bumbum que passa e todos veem. Bumbum cravo e canela. Mulata arquetípica. Ícone da beleza nacional. Brasileira típica. Espetáculo de mulher. Ela é brasileiríssima. Beleza made in brazil. Brazilian way. Pra deixar qualquer um de queixo caído. Sem palavras pra descrever tamanha exuberância. Gostosura irresistível. A musa Adele Fátima. Ela é magnética. Uma feijoada completa. A mulata autêntica é sambista. Braços suaves e quadris a mil. A mulata leva os quadris pra lá e pra cá. Fantasia sexy. Pra incendiar a Marquês de Sapucaí. Muito suor e dedicação até o fim do desfile. Brilhando na apoteoso. A rainha da bateria não para um minuto. Rainha não é pra qualquer uma.

Mulata é hot. Ela cai no samba e se torna o centro das atenções. Ela é o alvo dos holofotes. Na comunidade só dá ela. Dentro da quadra ela dá o show. Mulata sobe e desce o morro desfilando. A musa da comunidade. A curvilínea Luciane Soares. A tentação Nilce Mel. A Graciane Pinheiro é do tipo mulherão. Mulata é o símbolo máximo do Brasil. O nosso patrimônio. O nosso desejo. Já faz parte do imaginário popular. A mulata é nossa. A festa é nossa. Eu quero uma mulata na minha vida.

AGORA É QUE SÃO ELAS

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O documentário A PERFECT 14 aborda o movimento plus size e seus desdobramentos no meio social e midiático. Vale lembrar que o tamnho 14 é o 46 aqui no Brasil. O documentário é estrelado por três modelos plus size que, por sua vez, falam sobre suas histórias e desafios diante do padrão de beleza vigente. Esse movimento, como já sabemos, faz uma ruptura necessária com o ideal de beleza imposto pela moda e sociedade. Nisso, o documentário abre espaço para o debate da diversidade da beleza e seu reflexo na atualidade. Diversidade sempre é bem vinda.

Elly Mayday é uma das modelos que estrelam o projeto. Sem dúvida, a mais curvilínea das três. Ela teve um contrato interrompido com uma grande agência por causa de uma descoberta trágica: um raro câncer de ovário. Por isso, enfrentou um tratamento que tornava seu peso instável e a consequente perda de cabelo. Um episódio triste que a gente espera que passe logo. Já Kerosene Deluxe revelou que teve uma infância traumatizante até se tornar atualmente uma porta-voz contra o bullying e a gordofobia. E finalmente temos Laura Wells. O rosto – e corpão! – mais famoso do documentário. A modelo australiana já é top no universo plus size. No entanto, ela e Robyn Lawley, são duas modelos australianas lindíssimas que não têm nada a ver com o biotipo das gordinhas. Elas são criticadas inúmeras vezes por não pertencer a “nenhum” padrão de beleza conhecido e, assim, jogadas no limbo do mercado. Eu já falei sobre essa polêmica em textos anteriores e, vez ou outra, volto a falar sobre isso de novo.

O documentário ainda não está pronto e precisa da colaboração do público para levantar fundos para a pós-produção. Abaixo, deixo o link da página do projeto (e vejam o trailer lá) para os interessados pela obra. O documentário é uma boa iniciativa para tratar questões como a percepção da imagem corporal, a falta da diversidade em revistas e campanhas e, sobretudo, a definição apropriada do termo plus size. Vamos aguardar então.

Link do projeto: https://www.indiegogo.com/projects/a-perfect-14

A ÁFRICA MOSTRA AS SUAS BELDADES

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Na África, beldade pode ser entendido como mulherão. Corpão mesmo. A beleza exuberante voltou a ser o grande hit do continente. Acho que sempre esteve presente – acontece que o mulherão ganhou recentemente uma repercussão sem precedentes nas redes sociais. Lá, tamanho é documento. Só assim para explicar o atual fenômeno dos blogs africanos: Matilda Quaye (foto). Matilda é natural de Gana, é estudante e modelo. Ela é popularmente conhecida como Matilda Hipsy. O termo “hipsy” é apropriado para mulheres que têm quadris largos. O dela, sem dúvida, é um monumento que merece ser tombado. É digna do selo “o maior quadril de Gana” – talvez até do continente inteiro! Matilda é um misto de mulherão e plus size. A musa curvilínea definitiva. E foi assim que ela se tornou uma celebridade instantânea na web, sem mesmo atuar ou cantar, apenas desfilando os quadris inacreditáveis no Instagram. Pois é, hips don’t lie.

Outro fenômeno recente na web é Corazon Kwamboka. O nome é estranho, mas ela é um ícone da beleza que tá no DNA da África. Essa mulher, da espécie gluteus maximus, é advogada, formada pela Universidade de Nairóbi. Depois da superexposição de suas curvas, é provável que se torne uma figura recorrente no showbiz do Quênia. Assim como Matilda, Corazon projetou o termo bootylicious a um novo status midiático. No Brasil, entretanto, já é um fenômeno bastante conhecido e que, logo, ganha estigma de periguetismo e “cultura descerebrada”. Na África, o derrière avantajado é um símbolo nacional. Corazon só precisa administrar melhor a sua imagem já que seu primeiro video de twerking recebeu uma saraivada de críticas. O motivo? Performance frustrante e um traje mínimo nada sexy. O segundo video melhorou, apesar da eterna insatisfação dos haters.

Só espero que essa temporada de curvas traga a participação de mais musas curvilíneas e que, as mulheres africanas, enfim, se sintam mais seguras com a autoimagem e o sobrepeso. Afinal, aceitar as curvas que tem pode ser mais satisfatório do que a busca desenfreada em perder peso. Matilda e Corazon são mulheres bem resolvidas que decidiram abraçar a beleza do bumbum grande, dos quadris largos e dos quilinhos extra. A curvy beauty chegou de vez na África. Abaixo, deixo o link do video que mostra as duas sambando na cara da sociedade careta que acha que felicidade é ostentar a barriga negativa.

Link do video: http://tinyurl.com/lnj4aab

A MUSA VAMPIRESCA DA VEZ

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Quando pensamos em musa vampiresca, logo vem à cabeça a personagem Satanico Pandemonium, de UM DRINK NO INFERNO (1996). A cena é inesquecível: a sensualíssima vampira surge no palco, em trajes sumários, com uma enorme serpente enroscada no corpo escultural, fazendo uma dança pra lá de provocante. Na verdade, um disfarce pra deixar os humanos entretidos no local e, aí sim, atacá-los na hora apropriada. Salma Hayek fez o papel da vampira que incendiou o imaginário masculino da década de 90. Pra mim, a performance dela é o clímax do filme, e olha que sou fã de monstros e seres bizarros! Ela roubou a cena e sintetizou a sensualidade latina perfeitamente.

Aliás, as latinas sempre foram retratadas como sex symbols em Hollywood. Exemplos não faltam: Salma Hayek, Jennifer Lopez, Sofia Vergara, Shakira... Todas estas são belíssimas e curvilíneas – e o mundo todo sabe disso. Mas a razão em falar sobre a icônica Satanico Pandemonium é que ela ganhou recentemente uma releitura. Seguindo a tendência de adaptar filmes consagrados para a TV, UM DRINK NO INFERNO não poderia ficar de fora. Nesse caso, todas as atenções se voltam para a atriz que vai fazer o papel da sensualíssima vampira.

A nova atriz tem que ter corpão, certo? Deveria, porque hoje o conceito de “corpão” mudou muito – pra pior. A mexicana Eiza Gonzalez é a musa vampiresca da vez. É certo que ela teve que engordar para o papel, ainda assim, o resultado é mediano quando comparada a Salma Hayek. Apesar da beleza notória, acho que não fizeram uma boa escolha. Ela é conhecida nos tablóides internacionais pelo vício que tem por cirurgias plásticas. Vale lembrar também outro episódio inusitado: na novela AMORES VERDADEROS, ela interpreta uma bulímica (!!) e, que, na vida real, chegou a ser hospitalizada com a notícia de “dores derivadas de bulimia(!!)”. Oi? A nossa musa vampiresca merecia uma intérprete que pelo menos fosse bem resolvida com a aparência. Isso é pedir demais? A lição que fica é que não se faz mais ícones femininos como antigamente. 

DESCONSTRUINDO CAROL BUFFARA

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Carol Buffara é uma das mais badaladas blogueiras fitness do momento. Seu estilo de vida já inspirou mais de 250 mil seguidores que acompanham o seu lifestyle. Foi daí que surgiu a ideia do #projetocarolbuffara que norteou o conteúdo de seu blog e Instagram. Vale lembrar que outras tiveram um início semelhante. Gabriela Pugliesi, por exemplo, foi uma das precursoras da categoria fitness celebrities do Instagram. Michelle Franzoni que, realizou um extreme makeover na balança, também se firmou como musa fitness dando dicas de “alimentação saudável” e excesso de exercícios físicos. A tal da “alimentação saudável” está sob suspeita porque não existem provas de que ela funciona em qualquer metabolismo ou biotipo de suas seguidoras. Pior, podem trazer sérios problemas de saúde se não houver orientação adequada.

No livro que Carol lançou no Rio de janeiro, há dicas de alimentação funcional e a importância do consumo de romã, algas, brotos, amaranto, chia... só “guloseimas”, portanto. Revelou ainda que passou de frequentadora de academia a amante de esportes. E, claro, os temas clichês do combate às celulites e gorduras localizadas. Carol é do tipo que come iogurte zero – assim como o seu ideal de beleza também é zero. Ela é treinada por um expert em lutas (!!) que planeja as aulas com boxe, muay thai e treinamento funcional. E tudo isso pra quê? Com certeza, exibir orgulhosamente no instagram a barriga do He-Man. Vida de fit-girl não é fácil.

As seguidoras da hashtag #instafit elegem o corpo atlético como o mais ideal entre todos. O problema é que elas se preocupam tanto com o lado healthy das coisas que, intencionalmente, atropelam a estética do corpo feminino. Mas nem tudo tá perdido: mutos se revoltaram quando a Marie Claire classificou como “corpo perfeito” a magreza musculosa da top Izabel Goulart. Eu levanto a bandeira da silhueta exuberante como a que melhor representa o perfil da mulher brasileira. Cá entre nós, a impressão é que as musas fitness querem mudar o foco da nossa preferência nacional (o sensualíssimo bumbum grande) para a barriga negativa. Sim, isso pode acontecer se o outro lado não reagir. Aliás, cadê o movimento da barriga positiva e da love your body. O tipo mulherão precisa mostrar o seu valor, as gordinhas curvilíneas também. Até as magras podem provar que são lindas do jeito que são sem recorrer ao padrão fitness. Carol Buffara não é sexy, não representa a mulher comum. O corpo dela é um produto de academia, de personal trainers, de experts em lutas, de pessoas que não enxergam a verdadeira sensualidade que a mulher brasileira tem. Tá na hora de dá um basta nessa subversão de valores que elas estão promovendo. Xô, mau gosto!

CURVAS DELUXE

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Um de meus vícios na web é pegar centenas de imagens do Instagram e Tumblr de mulheres curvilíneas. Elas postam, os homens compartilham em blogs e redes sociais. Muitos salvam as imagens porque admiram a beleza feminina (o meu caso!); e outros, mal-intencionados, fazem montagens e outras atitudes lamentáveis. Algumas dessas imagens já são icônicas. Não vou negar que pensei colocar na parede uma dessas imagens incríveis. Tô falando sério. Ah, claro, nada daquelas imagens vulgares sem estilo que muitos marmanjos acham cool.

Aliás, estilo parece pautar a verdadeira essência dessas imagens. Pra constatar isso, vi, há algum tempo, uma frase nesses Tumblrs que traduz perfeitamente essa tendência: we like ass but love class. Ou seja, “gostamos de bumbum, mas adoramos classe”. Daí a explicação pela enxurrada de fotos de mulheres ostentando looks irresistíveis, elegância praiana, lifestyle de matar qualquer recalcada e curvas deluxe. Como a imagem acima que ilustra este texto.

Só lembrando que a maior parte desse material vem dos usuários americanos. Aqui, na terra do fio-dental e do carnaval, as brasileiras ainda são bem discretas com a superexposição das curvas no meio online. Em contrapartida, as blogueiras fitness não têm nenhum pudor em mostrar a magreza musculosa e sua obsessão ilimitada pelo estilo certinho, chatinho, e verdinho. Pra estas, bumbum grande é sinal de gordice, barriga zero é top. Tá na hora de fazer um contra-ataque pra mostrar que mulheres exuberantes e curvilíneas são melhores do que qualquer barriga cadavérica que tem por aí. Se a brasileira se orgulha tanto de suas curvas, por que não fazer o contraponto àquelas que pregam o contrário? A praia é o cenário ideal para transmitir os valores da nova tendência de curvas, exuberância, elegância, biquíni, sol... O brazilian way of life pede passagem.