A reação ao resultado
de uma pesquisa nacional sobre estupro tomou conta das redes sociais. Uma reação
compreensível. Na pesquisa, 65% dos participantes responderam que mulher que
usa roupa curta merece ser atacada. Pior: mais da metade dos entrevistados eram
mulheres! Sim, parece surreal. A revelação dessa pesquisa foi tão bombástica
que muitos contestam a metodologia utilizada pelo IPEA. Polêmicas à parte,
difícil tolerar a mentalidade misógina e preconceituosa que vemos no dia a dia.
Em resposta, a
jornalista Nana Queiroz criou a campanha bem-sucedida eu não mereço ser estuprada, atraindo,
assim, a adesão de pessoas revoltadas com esse caso. Até as editoras da revista
NOVA tiraram a roupa e apoiaram a causa (foto). Muitos homens indignados também
levantaram a bandeira da vítima (mulher) em detrimento do agressor (estuprador).
Eu não divulguei uma foto para a causa (não sou fotogênico!), mas deixo este
meu texto em solidariedade às mulheres que lutam contra o preconceito e a discriminação.
A vida das mulheres não
tá fácil: depois de casos recentes do “pornô de vingança”, dos encoxadores;
agora, como se não bastasse, elas têm que enfrentar o pensamento de que elas
próprias são responsáveis por sofrerem abusos sexuais. Quem manda elas serem
tão atraentes né? Enquanto na Arábia Saudita, a controvérsia gira em torno do
make delas; aqui, num país democrático, são as roupas “provocativas” que
estimulam o assédio. Não, nada disso é justificável. Vamos dá um basta na
cultura machista de uma vez.
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