A polêmica em torno da
imagem da mulher brasileira se instalou de novo. Tudo porque a Adidas lançou
uma linha de camisas com o tema da Copa do Mundo. O governo brasileiro repudiou
as camisas com (suposta) conotação sexual. E foi além: as camisas faziam
analogia ao turismo sexual. What? Pois é, mulher brasileira com biquíni não
pode. Eles viram na frase Looking To Score, um trocadilho maldoso sobre fazer
gols e pegar mulheres. Os burocratas temem que os estrangeiros venham pra cá
mais interessados nos bumbuns do que no futebol. Nesse caso, eu fico com o bumbum mesmo! Em contrapartida,
o governo divulgou o símbolo nacional que ele julga ser o mais certinho: uma baiana
em trajes típicos com a frase We Love Brazil. Só trocaram uma figura icônica
por outra.
Pra mim, a questão é
outra: de novo estamos diante do velho debate sensualidade vs. vulgaridade. Eu concordaria
que fosse de mau gosto se as camisas mostrassem a figura feminina em poses
provocativas ou sugestivas. Não é o caso. Afinal, qual o problema com uma
mulher com biquíni? Nenhum, já que as brasileiras adoram moda praia e desfilar
os seus atributos por aí. Sem contar que a marquinha de fio dental é um sinal
de status entre as mulheres daqui. Aqui, o corpo feminino é cultuado, sim, e isso não deve ser encarado como um
problema. Os puristas piram!
No caso das camisas, o
mais conveniente mesmo seria estampar a figura de uma passista. Aí sim, um
símbolo cultural já consolidado lá fora. Ainda assim, o mimimi do governo
cairia em cima da erotização da mulata. Muitas mulatas vão sambar no exterior
para promover a cultura brasileira – e tirar o fôlego dos gringos! Se muitos
enxergam nela apenas uma figura erótica, aí já é algo pessoal. Não dá pra negar
que são símbolos sensuais, mas o mais importante é a maneira que são retratados.
Tudo vai bem quando não há vulgaridade.
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